Em 2024, mais de 70 mil pessoas desapareceram no Brasil, afetando famílias de diversas classes sociais e regiões. Para enfrentar esse desafio, o governo federal lançou, nesta quarta-feira, a segunda fase da Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas. O evento ocorreu no Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília, e contou com a participação dos ministérios da Saúde e do Desenvolvimento e Assistência Social.
A primeira fase da campanha, iniciada em agosto de 2024, focou na coleta de amostras de DNA de familiares de desaparecidos, resultando na identificação de pelo menos 35 pessoas. Agora, a segunda etapa busca orientar profissionais de saúde e assistência social que atuam em hospitais e instituições de longa permanência sobre como proceder ao atender indivíduos sem identificação ou incapazes de se comunicar. A diretora do Sistema Único de Segurança Pública, Isabel Seixas de Figueiredo, destacou a importância dessa ação, mencionando que muitas pessoas acolhidas pelo Estado não conseguem informar sua identidade devido a condições como coma, senilidade, idade ou problemas mentais.
Vera Lúcia Ranú, representante do Movimento Nacional de Familiares de Pessoas Desaparecidas, enfatizou que muitos familiares buscam informações em unidades de acolhimento sem sucesso. Ela reforçou a necessidade de respostas e a importância de reconstruir os vínculos familiares.
Fonte: Agência Brasil