Em depoimento de delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, revelou que o general da reserva Mário Fernandes foi um dos principais incentivadores para que Bolsonaro interviesse contra a democracia entre o fim das eleições de 2022 e a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023. Cid descreveu Fernandes como "raivoso" e "ostensivo", participando ativamente de manifestações e pressionando outros generais a agirem. Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, foi preso em novembro de 2024 sob acusações de planejar assassinatos de autoridades, incluindo o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes, em uma operação denominada Punhal Verde e Amarelo. A delação de Cid também mencionou a participação do general Walter Braga Netto nos planos golpistas.