O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas para 18 de maio, após a queda do governo liderado pelo primeiro-ministro Luís Montenegro.
O governo, uma coligação de centro-direita formada pelo Partido Social Democrata, PSD e outros partidos menores, perdeu uma moção de confiança devido a alegações de conflitos de interesse relacionados a negócios da firma de advocacia da família de Montenegro.
Montenegro nega qualquer irregularidade e já manifestou intenção de se candidatar novamente nas próximas eleições.
Esta será a terceira eleição geral em três anos, refletindo a crescente instabilidade política em Portugal desde a Revolução dos Cravos.
Pesquisas de opinião indicam uma disputa acirrada entre o PSD e o Partido Socialista, PS, liderado por Pedro Nuno Santos, com ambos os partidos próximos de 29% das intenções de voto. O partido de extrema-direita Chega mantém-se estável na terceira posição, com cerca de 16% das intenções.
A instabilidade política ocorre num momento em que Portugal se prepara para investir mais de 22 bilhões de euros em fundos de desenvolvimento da União Europeia. Apesar das turbulências, o PSD espera manter o apoio com base no desempenho econômico do país, que tem superado a média da UE.
Fontes: Associated Press
