Em fevereiro de 2025, o percentual de famílias brasileiras com dívidas em atraso recuou pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 28,6%, uma redução de 0,5 ponto percentual em relação a janeiro. Esse dado faz parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O estudo também revelou que o endividamento total das famílias voltou a crescer após duas quedas consecutivas, alcançando 76,4% em fevereiro, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior. Esse movimento pode indicar que as famílias estão buscando novas dívidas com condições e prazos mais vantajosos para quitar débitos antigos.
Além disso, o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar as dívidas em atraso apresentou tendência de queda, situando-se em 12,3% no mesmo período.
Para o presidente do Sistema CNC, Sesc-Senac, José Roberto Tadros, a redução na taxa média de juros ao consumidor pode estar incentivando as famílias a regularizarem suas contas atrasadas, considerando vantajosa a troca de crédito.
A pesquisa apontou ainda que o percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias vem diminuindo há quatro meses, atingindo 48,2% do total de endividados, o menor índice desde julho de 2024. Além disso, a parcela de consumidores com mais da metade da renda comprometida com dívidas reduziu para 20,5%, o menor percentual desde novembro de 2024.
Por outro lado, houve um aumento no percentual de pessoas que se consideram "muito endividadas", chegando a 16,1%, o maior nível desde setembro de 2024. Aqueles que afirmam não ter dívidas desse tipo caíram para 23,5%, acendendo um alerta para a necessidade de melhorar o perfil de endividamento.
Fonte: Agência Brasil.
Reportagem: Douglas Corrêa
