Pesquisas recentes revelam que a fuligem resultante das queimadas na Amazônia está contribuindo significativamente para o derretimento acelerado das geleiras na Antártica. As partículas de fuligem, também conhecidas como carbono negro, são transportadas por correntes atmosféricas até o continente antártico, onde se depositam sobre a superfície das geleiras. Essas partículas escurecem o gelo, reduzindo sua capacidade de refletir a luz solar, (albedo), e aumentando a absorção de calor, o que acelera o derretimento.
Estudos indicam que a presença de fuligem pode reduzir o albedo do gelo em até 20%, intensificando o aquecimento local e contribuindo para o aumento do nível do mar. Além disso, a interação entre as partículas de carbono negro e outros poluentes atmosféricos pode levar a mudanças na formação de nuvens e padrões de precipitação, afetando o clima global.
Especialistas alertam que, embora as queimadas na Amazônia sejam frequentemente associadas a impactos ambientais locais, como perda de biodiversidade e emissão de gases de efeito estufa, seus efeitos podem ser sentidos em escala global. A ligação entre as queimadas e o derretimento das geleiras antárticas destaca a necessidade de políticas ambientais integradas e esforços internacionais para reduzir as queimadas e mitigar suas consequências climáticas.
Fonte: Jovem Pan News